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3º Dia de SPFW: Halloween, Nordeste, Hibridismo


Quem me conhece sabe da minha grande adimiração pelo trabalho do Samuel Cirnansck, ou seja, o terceiro dia de desfile foi um dos mais esperados por mim nessa edição do evento. Fora isso, gostei bastante da variedade de temas abordados nas passarelas. Estavamos acostumados a ter uma noite de desfiles bem linear, com temas quase que repetidos, mas ontem o negócio deu uma mudadinha. Confira:

Cavalera


Está virando moda as comemorações de aniversário na passarela. Primeiro foi o Walério Araújo, na Casa de Criadores, agora a Cavalera, que completa 15 aninho, faz um belo baile de debutante usando principalmente a alfaiataria e o jeanswear (já clássico da marca), somando-se a isso a renda, o tule, com cores fortes e bem marcantes em contraponto a outras mais suaves. O desfile meio que contou também a história de uma adolescente que vive entre esse lado meigo e um mundo mais rock'n'roll.


Maria Bonita

Sem dúvida, um dos desfiles mais bonitos e poéticos que eu vi até agora nessa edição. A grife, dirigida por Danielle Jensen, faz uma viagem ao inteior nordestino e retrata as simples casas desse local. E essa representação foi magnifica. Eu, que sou do interior do estado, vi aqueles pequenos elementos da arquitetura popular ser colocados na passarela, tudo com uma maestria, digamos, impecável. Os tons terrosos do barro e da madeira deram aos looks um toque minimalista, que foi quebrado pela entrada de peças mais coloridas (verde, azul e rosa).




Wilson Raniere

O estilista mostrou um desfile bem feminino, com inspiração no brilho da pérola. Confesso que achei morninho demais, não me chamando tanto a atenção. Mas o trabalho foi bem executado, com modelagens diferenciadas e bem executadas. Acho um risco a mistura entre os acetinados e as transparências, mas ele soube usá-los, imprimindo sua marca ao desfile. Resumindo: um desfile leve, fluído e bem romântico (com um pésinho no rococó)



Movimento

Primeiro desfile in nature do dia. Um ar bem tropical, inspirado nas paisagens e na cultura brasileiras. Tenho cque confessar novamente que esse também não me agradou muito. Não gostei dos bolsos no biquine, achei breguinha. Sem falar na padronagem dos tecidos e do uso meio 'misturado demais' do patchwork (e olhe que eu adoro pacthwork)



Simone Nunes

E o que falar de Simone Nunes? Vou ficar aqui taxado de chato, mas também não gostei. Acho que tem um certo limite para a mistura de estampas e esse foi ultrapassado pela estilista. O desfile foi inspirado nas praias bahianas, e o que se pôde ver foram saias bem volumosas e compridas, em cores bem (bem mesmo) diferenciadas e com tecidos bem simples, como a tricoline de aldodão, o linho e o voal de algodão. Mas tenho que confessar: adorei a trilha sonora. Super ponto pra grife!



Samuel Cirnansck


É chegada a grande hora. A hora do desfile de nada mais, nada mesmo que Samuel C. E foi grande a surpresa. Quem esperava um desfile mais glamouroso, repleto do brilho do acetinado e da fluidez dos tecidos leves caiu do cavalo. Samuca (intimíssimo), mostrou ser versátil e apostou num desfile mais pop. Com inspiração numa das festas mais populares do norte americano, o Halloween, o estilista usou e abusou das formas que valorizaram a silhueta feminina, com destaque especial também para os ombros. A cartela de cores foi bem ampla, desde o alaranjado da abóbora, passando pelo pink, até chegar no preto. Como não poderia deixar de ser, vimos um desfile com peças altamente bem executadas, com lamê, vinil, jacquard, etc. Pra completar, ainda teve a belíssima trilha de Jackson Araújo da (@Shhh_FM) e o make/hair por conta do Celso Kamura. Uma obra prima!



FH por Fausen Haten


Um dos desfiles mais esperados pelos fashionistas moustrou-se a que veio. A FH, com o tema no Hibridismo, "Duas os mais individualidades que se somam, e criam uma nova individualidade", trouxe peças bem variadas, com formas diferenciadas em uma única peça (ao mesmo tempo ela era ampla e ajustada). Tudo isso em tafetá, renda e seda. Para alguns gagaísta, mas pra mim foi bem mais do que isso, não podendo justificá-lo simplesmente dessa forma. A idéia do estilista era fazer um mix de inspiração, e, portanto, vimos nessa mistura de culturas, formas e volumes a essência desse mundo hibrido. Veja e tire suas próprias conclusões:



Fontes: FFW e Estilo Uol

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