Alexander McQueen. Isso mesmo. Pode falar quem quiser que eu estou sendo repetitivo ou mesmo piegas postando sobre grandes estilistas aqui no blog, mas o fato é que deve-se dar o devido reconhecimento a quem realmente contribui, ou contribuiu, para a moda contemporânea. Além do mais, tem muita gente por ai ainda leiga no assunto. Então, vamos lá.
Como falei dias atrás, faz parte de uma disciplina fazer algumas pesquisas sobre designers e seu trabalho. O meu escolhido dessa vez foi o McQueen. Desde o começo do blog (e desde quando me entendo como interessado pelo fashion business), eu venho dando atenção especial ao trabalho dele, não só porque ele esteve nas melhores e maiores passarelas mundiais, mas sim pela magnitude de suas criações. Não sei se com vocês acontecem isso, mas de longe dá pra reconhecer a obra dele. Elas estão imbuídas de uma dramaticidade ímpar e de um lirismo que vai demorar para aparecer novamente.
Fato é que, desde seus desesseis anos, ele descidiu ligar-se de corpo e alma à moda, abandonando a escola e ocupando espaço em pequenos antros da alfaiataria londrina, tendo a oportunidade de apurar técnicas dessa área. Filho de taxista, estudou na famosíssima St. Martins College of Art & Design em Londres, concretizando, assim, seu sonho. Vale salientar que, antes disso, as bonecas das suas irmãs e elas próprias eram as cobaias de seus trabalhos, revelando o talento do artista.
Depois de passar, como supracitado, por vários locais de prestígio da moda, ele fundou sua própria marca, tornando-se conhecido nos tablóides londrinos. Ganho, em 1996, um prêmio como o melhor designer do ano, sendo que, alguns dias depois, foi chamado para ocupar o lugar de John Galliano na Givenchy. Já em 2000, a Gucci comprou ações majoritárias da assinatura do estilista, o que lhe permitiu desvincular-se da Givenchy, que, na opnião dele, limitava seu trabalho e sua criatividade.
O estilo de McQueen, como eu disse antes preciosíssimo, estava ligado a brutalidade, a dramaticidade e ao lirismo, tendo uma sensibilidade gótica e um fetichismo inigualável. Mesmo com toda seriedade e o eterno ar sombrio das suas criações (ele foi considerado por muito tempo como Bad Boy da moda inglesa), seus looks revelavam sempre uma grande feminilidade, tendo sempre cortes angulares e agressivos inspirados em Dior e Thierry Mugler.
Para tristeza do mundo fashion, em fervereiro desse mesmo ano, Alexander foi encontrado morto em seu apartamento, vitima, dizem por ai, de uma tristeza e uma depressão causada pela morte de sua mãe, deixando um legado de grande valor para seus admiradores. E olhe que não foram poucos. Fazendo uma listinha rápida das pessoas que ele vestiu temos: Lady Gaga, Beyoncé, Naomi Campbell, Sarah Jessica Parker, Cameron Dias, Anna Paquin, Katie Holmes, Príncipe Charles, dentre vários (e bote vários ai) outros.
Nesses vídeos, pode-se ver uma pequena retrospectiva da obra do artista. Babem!
“Ficamos devastados ao saber da morte de Alexander McQueen, um dos grandes talentos de sua geração. Ele trouxe um senso de ousadia britânico único e uma estética destemida ao mundo fashion. Em uma carreira tão curta, a influência de Alexander foi assombrosa – no estilo das ruas, na música, na cultura, e nos museus do mundo. Sua morte é uma perda insuperável”
Daí você tira a grande importância que ele teve. E por tudo isso, e por muito mais, que sou abertamente super (ultra, mega, master, blaster) fã do trabalho dele. Clicando AQUI, vocês poderão ver também um pouco do trabalho dele e da atenção que essa pessoa que vos fala dedicou (e sempre dedicará) ao referido artista aqui no blog. Espero que vocês também tenham se interessado e que possam procurar mais sobre a obra do estilista. Quem sabe ela não te ajuda a buscar um estilo ou mesmo num processo criativo. Enfim. Abraços.
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Não consigo falar de Mcqueen.Tenho um medo muito grande de não ser justo com as palavras com ele,que foi na sua pura essencia o estilista conteporaneo que mais contribui para a olhar da moda com o status de arte.Eu amo tudo qeu ele fez e seu ultimo verão 2010(o Gaga-queen)foi o trabalho mais agressivo,fort e magistoso que ja ví na vida.
Pois é. Nunca as palavras vão ser suficientes para expressar o dom e o gênio de McQueen. Suas obras atravessarão gerações e eu poderei dizer um dia que acompanhei seu trabalho. srsrsrrsrsrsr Abraços! =D
Excelente escolha!!!!! McQueen com suas criações irreverentes, seu lirismo gótico aliados à tecnologia, revolucionou a moda contemporânea; ao mesmo tempo em que também revelava nos seus desfiles performances do seu "eu" confuso... Aprisionado pelo medo, a solidão, o abismo. Seu último desfile, dias antes de morrer,( que foi analisado psicologicamente), refletiu a personalidade de um homem que se esvaziava de excessos, tantos, que não cabia no estreito mundo que criou para si; um artista que viveu de extremos porque "sentia" além do óbvio e percebia o suprasensível...
Como se estivesse chegando em outro universo.... Escuro, movido pela sua não conformação de estar vivo.
...No "prét-à-porter", criou estilos descontraídos que marcaram e continua marcando a moda do nosso tempo, como o uso de calças com cuecas aparentes.
... ENFIM...Queria somente te parabenizar pela escolha deste designer para compor o teu trabalho e terminei fazendo de MacQueen o que ele realmente é: um "herói da moda"... rsrsrsr.
... Viajei!!!!!!!!!!!!!! Acho que isso mostra a minha admiração pelo artista e pela sua intensidade de poder criativo!!!
Ah, Pedro, isso dá uma aula maravilhosa sobre fundamentos psicológicos e e filosóficos da moda!!!!!!!
Abraço
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