Vários poderiam ser os adjetivos que eu poderia utilizar para descrever o primeiro dia do 3º maior evento de moda do Brasil. Por enquanto, eu me permito utilizar a tríplice aliança da sustentabilidade para dizer um pouco do que eu vi entre os 'corredores' do Centro de Convenções do Ceará.
Propondo-se a falar de Artesanias, o Dragão Fashion Brasil, vestiu realmente a camisa e explorou ao máximo as produções artísticas e culturais de nossa região. Pra onde olhamos, vemos um pouco da identidade nordestina, seja nas gaiolas, nos chapéus de palhas, nos cipós que ornamentam a praça de alimentação ou que se fazem presentes na mobilia espalhada pelo local. Pelos comentários que ouvi, a decoração do espaço é umas das melhores dos últimos anos, prezando, em cada canto, pelos princípios da Sustentabilidade. É incrível o trabalho com caixas de ovos, restos de palha, etc.
Começamos o primeiro dia com algumas palestras super interessantes. Abro aqui o espaço para parabenizar os organizadores do stand da Universidade Federal do Ceará pela movimentação dos estudantes e pela organização de palestras e debates no local.
A primeira palestra foi nesse espaço, onde Erika Gumarães, especialista em Design e Marketing, falou um pouco sobre como deve-se proceder no momento criativo e sobre seu trabalho na área de pesquisa de tendências.
A segunda palestra, já, diga-se de passagem, bem atrasada, foi com a Camila Toledo, da Elle, que falou sobre as tendências de moda para o verão 2012. Não vou tratar muito sobre essa aqui, pois quero fazer um post especifico para ela, ok??!!!
Partindo direto para os primeiros desfiles do evento, vi somente os três primeiros. O cansaço foi grande e vi que não daria para continuar com um bom rendimento nas análises. Vejamos:
Jonathan Gurgel
Jonathan, jovem estilista filho da terrinha do sol, famoso já pelo seu trabalho com modelagens bem executadas, inspirou-se em um de seus poemas para a construção de seu desfile. Nas entrelinhas, vimos uma viagem do estilista pelas suas lembranças. Nos looks, quase sempre com drapes, laços e tecidos em cores nudes e claras, vimos uma mulher simples, feminina, inocente, o que pode ser arrematado pela utilização de tule com, digamos, poá. No vôo do passarinho em busca de seu ninho, destacamos as plumas, o rosa clarinho, o lilás, o azul bebê, tecidos acetinados, malha e alfaiataria. Tudo junto e bem misturadoao som dos passarinhos que compuseram a trilha sonora. Com o desfile, o jovem, participante do recente concurso da MTV, mostra muito do seu trabalho e que tem um belo caminho para trilhar na sua vida de estilista e poéta.
João Sobarr
Confesso que esse era o segundo desfile mais esperado por mim dessa noite. Com o tema "Maria Josephine Bonita", joão faz um paralelo entre a feminilidade/sensualidade da mulher de classe abastada com a mulher guerreira, forte e destemida do sertão. O resultado não deu outro: looks bem femininos, mas com uma 'pegada' bem marcante, com muitos recortes (bem executados, aliás) e com um make que proporcionou esse olhar 'duo' do gênero feminino. Na cartela de cores, vimos desde o branco, passando pelos tons terrosos e indo parar no bom e velho preto, enrriquecido de brilhos e pedrarias. Também nesse desfile, presenciamos a utilização, ainda um pouco inocente, das plumas e de uma alfaiataria primando pelos decotes em 'V' e pelas costas nuas. Na mistura entre tecidos leves e pesados, o crochê deu o ar da graça, arrematando a peça.
Mark Greiner
O último desfile que eu vi não poderia ser melhor (ou poderia? não sei!!). Mas, de fato, esse foi o desfile que mais chamou a atenção do público. Mark Greiner já é famoso pelos seus desfiles espetáculos e por sua dramaticidade na execução dos modelos. Então, não esperava que fosse diferente.
Mark trouxe para a passarela mulheres fortes, guerreiras, destemidas. Mulheres do Velho Oeste que carregam consigo o estigma de heroínas. Porém, até essas mulheres tem fraquezas, sensibilidades e emoções. Assim, também nesse paralelo entre o ser forte e fraco (sentimental), vimos looks com elementos caracterizam essas duas faces da mesma moeda. De um lado, transparências, tranças, dourados, metalizados e assimetria. De outro, o couro sintético, a alfaiataria masculinizada, os recortes fortes, as texturas e estampas que imitavam a pele de cobras. Tudo lindo, num clima de 'bang-bang' criado para deixar tod@s de queixos caídos. No final, para fechar o seu desfile com chave de ouro, Grainer mostrou uma retrospectiva de todo o seu trabalho como estilista, o que pode ser visto durante todos dos dias do evento no espaço entitulado "Fashion N'love".
Por hoje é só. Lamento bastante não ter acompanhando os outros desfiles, principalmente o da Mar del Castro. Sempre gosto do que vejo, além de adorar a trilha sonora das apresentações que os irmãos Castro fazem. Mas, enfim, tenho que descansar e me preparar para o segundo dia. A batalha está só no começo. Até!
Fotos: DFHouse
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super produtivo o primeiro dia... uma pena eu naum poder ter ido, fiquei na merda pq adoraria ter visto o desfile do Mark.
nos batemos outros dias do DFB...
bjs
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